O Palmeiras tem estado tão instável que nunca sabemos como será o amanhã. A partida contra o São Paulo neste sábado ilustra isso: estamos inseguros sobre o desempenho do nosso time mesmo diante de um adversário que nunca nos venceu no Allianz em tempo normal.

Nos nove clássicos na nova casa, nunca perdemos. Desde 2014, ganhamos oito vezes e empatamos só uma. Tá certo que esse empate frustrante nos deu uma eliminação nos pênaltis no Paulista, mas nosso retrospecto em sua maioria costumava ter outro ingrediente: a cobertura.

Foram vitórias que deram muita alegria ao torcedor, ainda que o São Paulo não seja nosso grande rival, é massa ver um gol de cobertura em um clássico. Um só, não. São vários, porque essa história nem é de hoje. Começou lá atrás, com Alex, esse aí do desenho. Teve Robinho e Dudu encobrindo Ceni e Denis em várias oportunidades. Estádio explodindo… ai Gabi, só quem viveu sabe.

O jogo de hoje será diferente. Estará em campo um time que perdeu na última rodada do Brasileirão depois de uma série invicta desde sei lá quando. Será o primeiro choque-rei pós-pandemia.

Na última vez que enfrentamos o SP em casa, em outubro de 2019, foi 3 a 0 pro Verdão. No estádio, agora, só as bandeiras. É um daqueles dias em que dá uma saudade enorme de tudo o que já vivemos por e com o Palmeiras.

A partida não terá a presença de Weverton que, desculpem os críticos, é um goleiro seguro e a cara do Palmeiras. Também não estarão em campo Gabriel Menino, Gustavo Gomez e Matias Viña, fora da partida pelo mesmo motivo de Wever, todos convocados para as eliminatórias da Copa do Mundo.

De casa, estaremos na torcida. Uma torcida que tem corneta, lamento, indignação e lista de dispensa. Tem pedido por um cruzamento certo, um esquema tático, um passe na medida, um golaço por cobertura. Tem a hora da raiva também. Mas sobra um espacinho pra seguirmos com nosso amor e esperança.

Avanti, Palestra!

Imagem: Reprodução